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... Nós temos ao longo dos anos, construído um deus de acordo com as nossas necessidades, conforme nossos desejos, nossas manhas, com o nosso intelecto, do tamanho das nossas igrejas, ou da nossa fé. Um Deus capaz de atender quando precisamos, que nos realiza, que nos entende, que perdoa os meus e os seus pecados, assim vivemos esse deus que é do tamanho daquilo que cremos, que achamos certo ou não.

E Julgamos!

Não sabendo lidar com as diferenças, nós julgamos, ridicularizamos o amor do Pai, O desenhamos como um ser violento e vingativo, que está sentado no trono “doido” pra penalizar os seus filhos infratores. Que não vai levar para junto de Si, aqueles que não falam como nós falamos não se vestem como nos vestimos e que não fazem as mesmas práticas de fé que fazemos.

Esse é o deus que apresentamos?

Deus assiste a tudo, mesmo conhecendo a nossa natureza e sabedor do rumo que estamos tomando, Ele nos permite “usufruir” das nossas “excelentes” escolhas, porém, sem sabermos usá-lo, permitimos que esse livre arbítrio nos afunde com a força dos nossos braços, força essa que não serve sequer para nos impulsionar para sairmos do buraco que entramos.

Com toda essa inteligência que Deus nos deu, atribuímos a Ele tudo que vemos no dia a dia, esquecendo que tudo isso é um reflexo das nossas escolhas, é a colheita da nossa semeadura...

E colhemos!

Não querendo entender a simplicidade do evangelho, insistimos em colocar a “cerejinha no bolo”, dá o nosso “toque especial”. Para isso criamos métodos, “estratégias”, estilos e etc. Tudo isso visando o massagear do nosso ego e o atendimento das nossas expectativas e vontades...

E a de Deus?

Não! Eu não estou me referindo a expectativa de Deus, deixa-me deixar uma coisa clara aqui, expectativa só se cria quando esperamos algo de alguém que não conhecemos, expectativa e incerteza andam lado a lado, o fato de eu esperar não quer dizer que de fato vai acontecer, por essa razão, Deus não cria nenhuma expectativa a nosso respeito, como nosso criador e onisciente que És, sabe tudo a nosso respeito e os desígnios do nosso coração, logo, não corre o risco de Deus se frustrar com nossos desacertos, embora Ele não esteja de acordo.

Permita-me refazer a pergunta:

E a Vontade de Deus?

Antes de entrar nesse assunto, quero expressar o texto bíblico que claramente relata essa vontade, um único versículo que está em 1ª Tessalonicenses 4:3:

“Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição”

vou usar uma tradução mais clara:

O que Deus quer de vocês é isto: que sejam completamente dedicados a Ele e que fiquem livres da imoralidade”

Cara!!! Que legal! Descubro nesse texto que a vontade de Deus não é que eu faça campanhas para conseguir um emprego (Nada contra os desempregados), uma efetivação ou promoção na empresa, não é que eu troque o meu carro velhinho se é que eu tenho, por uma Hilux ou uma Pajero Full (Eu vi uma no estacionamento da empresa e meu amigo... É linda mesmo), Deus não vai se sentir mais honrado com isso. Até porque se assim fosse, o que dizer dos missionários que estão doando suas vidas em prol de outras em acampamentos, tribos, povoados e cidades distantes, desprovidos de conforto e sem um meio de transportes decente, anda horas e horas se manisfetando aos perdidos para conduzi-los a para a liberdade da Glória dos filhos de Deus (Rm 8:21)

Ah! Deus também não está preocupado com o glamour dos cultos, dos nomes e placas e sequer o tamanho das Igrejas, sabe por quê? A nossa motivação de um templo enorme geralmente é para prender as ovelhas, “cuidar” bem das ovelhas, dando-lhes conforto e amontoá-las para encher as Igrejas e terem comunhão uns com os outros (PERAÍ! NÃO ESTOU ESCREVENDO CONTRA AT 2:42, COMUNHÃO É TUDO NO REINO), onde deveríamos esvaziar as igrejas para termos comunhão com os órfãos e necessitados, vivendo a verdadeira religião (Tg 1:27). O encher a igreja é uma conseqüência, ela cresce naturalmente, mas o problema é que estamos oferecendo alimento pra quem não tem fome e querendo saciar a sede de quem está com barrigas enormes de tanta água, ou seja, perdemos a oportunidade de levar o pão aos que estão com fome e tentamos empurrá-lo em quem estão fartos.

Estou tentando não entrar em Mateus 10 quero que seja outro artigo para que não fique cansativo.

Mas antes de finalizar quero compartilhar o texto que me fez pensar em tudo que tentei compartilhar aqui, olha o que Salomão diz depois de construir o templo para habitação, segundo a própria vontade de Deus:

“Mas, de fato, habitaria Deus com os homens na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei. (2 Cr 6:18)

Tá vendo? Ao invés de ele chamar as emissoras de rádios e TVs, os jornais de maiores popularidade, fazer uma conferência e gravar CDs e DVDs (Eu sei que os recursos não eram esses, mas vai dizer que nunca viu algo semelhante?) afinal o templo dele era a maior construção existente na face da terra para a adoração a Deus, tudo minuciosamente como na planta que o Avivalista da Adoração Davi o entregou, mas não, ele reconhece que por mais suntuoso que fosse não era grande o suficiente para restringir Deus naquele espaço físico. E o resultado nós conhecemos, a Glória de Deus.

Até quando vamos tentar reduzir Deus ao tamanho da nossa mente, do nosso estilo de adoração, da placa da igreja ou da roupa que vestimos?

Porque não sair apresentando um Deus que amou o mundo a tal ponto de dar o melhor que ele tinha, seu filho unigênito para morrer no meu e no seu lugar? Um amor tal que não tem como quantificar, tudo para que tivéssemos vida.

Esse é o Deus que apresentamos, que te ama, cuida e zela. O que Ele quer em troca? Você! A coisa mais preciosa que Ele formou.

Pense nisso!

Ed Fonseca

(1 Cor 9:16)