No domingo passado 07/12 eu vivi uma situação que me fez pensar um pouco em anos atrás. A rodada final do campeonato brasileiro de futebol, me fez perceber o quanto Deus tem mudado o meu foco. Se fosse antes provavelmente eu estaria no enterro simbólico do Vasco da Gama, que aconteceu
Outra coisa que me assustou demais foi o extremo que chegou um cidadão que alcoolizado depois do rebaixamento do time, tentou se suicidar. Apesar de pensar que se ele queria mesmo se matar, jamais colocaria uma perna pra depois por a outra, seria mais “simples” (Desculpe o sarcasmo) se ele tivesse se atirado de vez. (Não que essa fosse a minha vontade)...
Nas duas situações uma coisa em comum: A Paixão!
Cara de fato é de arrepiar, estar num estádio de futebol, lotado onde toda aquela multidão canta numa só voz, sentir a arquibancada estremecer, os pulos, os movimentos com braços, bandeiras, fogos (Não é mais permitido) e sentir a sensação de gritar GOLLLLLL, é quase sem comparação. (Se você disser pra mim que não faz sentido, eu posso afirmar que nunca passou por isso) O grito de gol sobe e desce como uma fecha no coração do artilheiro, que gesticula, bate no peito, vibra, corre em direção da torcida, com o sentimento e postura de ter sido “O cara”, que proporcionou todo aquele êxtase naquelas centenas de milhares de pessoas, que fez o seu time levantar o “caneco”. De Fato! Fez. As atenções estão voltadas para ele, seu nome é entoado nos cânticos e gritos que vem da arquibancada, é ele que sairá na primeira página dos jornais, será o assunto dos telejornais esportivos, centenas de fotos e entrevistas, seu contrato será revisto e possivelmente ganhará prêmios e aumente salarial... Tudo isso sabe por quê? Fez o Gol que deu a vitória ao seu time.
Sabe o que significa isso tudo que eu escrevi? ADORAÇÃO!
Porque dizemos que amamos a Deus e o Adoramos se as nossas músicas maioria das vezes, enche o saco de quem ta ouvindo, imagine de Deus? Faltam simplicidade e sensibilidade de cantarmos o que Ele quer ouvir e nos preocupamos em ser animadores de palco, tentando fazer um monte de gente pular e dançar, pelo som da guitarra ou bateria e não pelo que deveria ser motivo da canção? Se dentro das Igrejas ou quando nos reunimos para adorá-lo há proibições e “regras”, para não escandalizar, não sacudimos as bandeiras, não cantamos numa só voz, não gritamos o nome dele e não fazemos dele o centro das atenções, as danças maioria das vezes parece mais um velório do que uma festa. Cara Ele não é o artilheiro, Ele não nos deu um troféu, nós somos o Seu troféu, Ele tem prazer em ter nos conquistado, e não nos deu um titulo de um campeonato, mas o título de mais do que vencedor, Ele não é o autor do gol, é o autor da vida, Ele nos deu o direito de viver.
Se somos capazes de pintar a cara nas cores do nosso time de futebol, encarar sol e chuva, cantar e pular durante horas (considere os 90 minutos do futebol, mas o momento anterior a partida, nem sempre se canta depois a não ser que saia vencedor), erguer uma bandeira com o escudo do seu time ou rosto do seu ídolo, enfim fazer as maiores loucuras para demonstrar sua paixão pelo clube. Em contrapartida não conseguimos encarar um mal tempo, ou o sol um pouco mais quente para demonstrar o nosso amor a Ele, ministrando e cuidando dos seus filhos necessitados, praticando a verdadeira religião (Tiago 1:27). Reclama-se achando que alguém fala demais quando prega um sermão de mais de 1 hora. (Não estou me defendendo, eu prometo) Reclamamos quando a reunião (Não sei bem se cultuamos como deveria, por isso uso o termo reunião) atrasa alguns minutos. Não deixa de ler o lance ou de adquirir a revista placar, lê-se todos os jornais possíveis para ver diferentes análises da vitória do seu time, mas fica em segundo plano o compromisso em analisar as escrituras sagradas. Perde-se horas discutindo o resultado, se foi gol ou não, pênalti ou não, se o resultado foi justo ou roubado , mas temos medo de falar do amor de Deus por muitos minutos e as pessoas nos achar um fanático.
Que cena aquela de pessoas chorando horrores de lágrimas, por ter que jogar o próximo campeonato com menos glamour, pouca televisão, e com estruturas de segunda, um mar de lágrimas entre jogadores, diretores, torcedores e comissão técnica, só porque desceram um degrau no status da elite do futebol. Qual o sentimento de apanhar diante dos amigos, e familiares? Ser cuspido e humilhado? Sendo crucificado nu diante de uma multidão? Detalhe o time vai pra segunda divisão por causa da incompetência dos próprios jogadores e dirigentes, mas o que dizer de alguém que é moído pelas nossas transgressões?
Sabe o que mais me assusta? Não é comum ver nas conferências e shows “gospel” (eu tenho problema com isso) choro desesperado, lágrimas compulsivas, pelo o episódio da Cruz, eu não estou falando de uma música com um tom menor (Não entendo de música), ou seja, uma música suave, melancólica que faz o povo, emotivamente lagrimejar os olhos, eu estou falando de lágrimas de gratidão, de paixão, de amor ao Eterno. Ah você não tem o dom de chorar? (Isso não é dom é quebrantamento), tudo bem, dance com vontade, não para as pessoas verem que ensaiou um passinho pra Jesus, mas adore-O com seu corpo, seus ritmos, se não sabe dançar, cante! Não a melhor música do seu cantor preferido, mas a melhor canção que você pode dar ao Único que é digno de toda Honra, Glória e Louvor. ALELUIA!
Sei que de uma forma ou outra vamos conseguir demonstrar o nosso amor a Ele, ainda que de uma forma bem inferior ao seu merecimento, mas ele conhece o nosso coração e sonda nossa mente, saberá distinguir a nossa real motivação.
Cara se até os anjos fazem festa quando um pecador se arrepende, não é exagero sacudir bandeiras e fazer a OOOOLAAAAAAA, quando uma (nem que seja uma) pessoa se entregar a Jesus no final de cada culto.
Pensei nisso!